Pai, eu estou observando você!

Os pais sãos nossos primeiros modelos quando nascemos. Seguimos seus exemplos porque acreditamos instintivamente que através deles teremos proteção e ensinamentos que nos ajudarão a viver e sobreviver. Ao mesmo tempo, o amor e a afetividade construídos criam laços e fortalecem vínculos.

A criança observa seus pais, os analisa. A mensagem passada através de cada atitude e comportamento é responsável pela construção da personalidade e do caráter desse indivíduo em formação. Portanto, cautela com o que diz ao seu filho. Na hora de repreendê-lo, explique o(s) porquê(s). De alguma forma ele entenderá e  ser-lhe-á eternamente grato.

Atividade do Projeto Didático ‘Meu Planeta Terra’ da AG IV

Esse painel foi desenvolvido pela Agrupada VI como uma das atividades do Projeto Didático Meu Planeta Terra.

Nele, as crianças escreveram suas reflexões acerca da Preservação do nosso planeta baseado na Carta da Terra para Crianças, uma cartilha com princípios a serem seguidos na construção de um mundo melhor.

Não ficou lindo?

Painel com as reflexões das crianças.

Painel com as reflexões das crianças.

Carta da Terra para Crianças, por NAIA

Carta da Terra para Crianças: princípios e valores para um mundo melhor.

Carta da Terra para Crianças: princípios e valores para um mundo melhor.

A Carta da Terra para Crianças são princípios que visam informar para o público infantil a situação em que o Planeta Terra se encontra (que existe poluição, pessoas com fome, sem escola, etc.) e conscientizá-lo de que juntos podemos construir um planeta sustentável e de qualidade para todos que nele habitam.

Desenvolvida pelo NAIA – Núcleo de Amigos da Infância e da Adolescência, a carta nasceu da crença de que as crianças continuam sendo a esperança de um mundo melhor.

Clique aqui para visualizar a Carta na íntegra.

Girassóis e Miosótis | Texto

O girassol é flor raçuda, que enfrenta até a mais violenta intempérie e acaba sobrevivendo. Ela quer luz e espaço e, em busca desses objetivos, seu corpo se contorce o dia inteiro.

O girassol é flor raçuda, que enfrenta até a mais violenta intempérie e acaba sobrevivendo.

O girassol é flor raçuda, que enfrenta até a mais violenta intempérie e acaba sobrevivendo.

O girassol aprendeu a viver com o sol e por isso é forte. Já o miosótis é plantinha linda, mas que exige muito mais cuidado. Gosta mais de estufa. O girassol se vira… e como se vira! O miosótis quando se vira, vira errado. Precisa de atenção redobrada.

Há filhos girassóis e filhos miosótis. Os primeiros resistem a qualquer crise: descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda. As mães chegam a reclamar da independência desses meninos e meninas, tal a sua capacidade de enfrentar problemas e sair-se bem. Por outro lado, há filhos e filhas miosótis, que sempre precisam de atenção. Todo cuidado é pouco diante deles. Reagem desmensuradamente, melindram-se, são mais egoístas que os demais, ou às vezes, mais generosos e ao mesmo tempo tímidos, caladões, encurralados. Eles estão sempre precisando de cuidados.

O papel dos pais é o mesmo do jardineiro, que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa.

O papel dos pais é o mesmo do jardineiro, que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa.

O papel dos pais é o mesmo do jardineiro, que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa. De qualquer modo fique atento! Não abandone demais os seus girassóis porque eles também precisam de carinho… e não proteja demais os seus miosótis. As rédeas permanecem com vocês… mas também a tesoura e o regador. Não neguem, mas não dêem tudo o que querem: a falta e o excesso de cuidado matam a planta…

Autor desconhecido

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Disciplina e Educação, de Flávio Gikovate | Texto

Os disciplinados terão maiores chances de sucesso nas atividades às quais se dedicarem.

Os disciplinados terão maiores chances de sucesso nas atividades às quais se dedicarem.

De repente, no melhor do sono, toca o despertador. É hora de levantar para ir à escola ou ao trabalho. Não é raro que, exatamente neste instante, se trave uma batalha importantíssima. De um lado, o sono, a preguiça, o desejo de continuar deitado sonhando com todo tipo de situações gostosas. De outro, a noção do dever, da obrigação, do compromisso assumido. A vontade mostra uma direção; a razão aponta o oposto.

Disciplina, em minha opinião, é a capacidade que permite à razão ser mais forte e vencer nossas vontades e nossa preguiça. É porque desenvolvemos essa qualidade que conseguimos fazer exercícios maçantes todos os dias na mesma hora; que evitamos comidas com muitas calorias ou prejudiciais à saúde; que nos faz abrir mão de coisas materiais para poupar e atingir um objetivo maior. Pessoas disciplinadas conseguem estudar quando, na verdade, estavam com vontade de assistir à televisão ou bater papo com os amigos.

Não resta a menor dúvida: os disciplinados terão maiores chances de sucesso nas atividades às quais se dedicarem. Entre talento e disciplina, é melhor ter os dois. Porém, a longo prazo, esta última é mais importante. Mas precisa ser conquistada.

É verdade que há pessoas que aceitam melhor as contrariedades. Essa capacidade de aceitação aumenta à medida que se desenvolvem a linguagem e o raciocínio lógico. Ambos nos ajudam a compreender por que nossas vontades nem sempre podem ser satisfeitas. Aprendemos a suportar melhor a dor.

A principal tarefa da educação, especialmente durante os primeiros anos de vida, seja desenvolver a razão e suas forças com o intuito de sermos capazes de “domesticar” nossas vontades. Uma visão equivocada da psicologia nos levou, nas últimas décadas, a privilegiar o livre exercício do desejo. O papel da razão – freio limitador dos impulsos – foi encarado como algo repressivo e negativo. Além disso, os pais, com medo de traumatizar os filhos e de perder o amor deles, têm fugido da tarefa, às vezes desagradável, de estabelecer limites e estimular as crianças a usar com eficiência a razão para dirigir suas vidas.

Na educação infantil, essa é a tarefa número um dos pais. Ao aprender a utilizar a razão em benefício próprio, a criança e depois o adulto experimentam enorme satisfação quando se sentem disciplinados. Sim, porque é nestes momentos que nos consideramos animais mais sofisticados, que definimos com propriedade de racionais.

A alegria íntima de quem se levanta cedo, faz exercícios e chega na hora certa aos compromissos assumidos é algo que não pode ser subestimado. Sentimo-nos fortes quando conseguimos nos controlar – coisa muito difícil. Sentimos que vencemos a batalha mais árdua: a interior. A auto-estima cresce. E para que nossos filhos experimentem todas essas sensações tão boas, devemos lhes ensinar, desde cedo, a abrir mão de suas vontades, sempre que a razão assim achar conveniente e útil.

Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor.

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